quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O PLANO COHEN DE LINDALVA BATISTA NO SINDEDUCAÇÃO


No dia 10 de Novembro completou 75 anos do golpe do Estado Novo que garantiu ao presidente Getúlio Vargas ficar mais oito anos no governo (1938- 1945). Além da proximidade das datas, o Plano Cohen guarda várias semelhanças com o golpe que a “Turma do Nescau” da professora Lindava Batista está tentando orquestrar no SINDEDUCAÇÃO. É isso que vamos tentar mostra nas próximas linhas.

O articulador do Plano Cohen foi capitão Olímpio Mourão Filho, membro da organização facista Ação Integralista Brasileira (AIB), que forjou um documento com assinatura de um fictício militante judeu e comunista chamado Cohen. O documento que data de 1937, apontava para a tomada do poder pelos comunistas que prometiam praticar inúmeras atrocidades, sobretudo contra as autoridades constituídas. Um dos trechos desse documento assinala que:

“Os raptos deverão ser executados em pleno dia, nas próprias residências, que serão invadidas por grupos de 3 a 5 homens dispostos e bem-armados e munidos de narcóticos violentos (clorofórmio, éter em pastas de algodão empapadas) e serão transportadas para pontos secretos e inatingíveis, com absoluta segurança. Em caso de fracasso, proceder ao fuzilamento dos reféns”.

Getúlio Vargas, que não estava disposto a entregar o governo no ano seguinte, aproveitou o documento para aterrorizar e convencer a população brasileira, através do programa “Hora do Brasil”, hoje “Voz do Brasil”, de que somente prorrogando o seu mandato a ordem no país seria mantida. E assim foi feito.

No SINDEDUCAÇÃO estamos vivendo uma versão micro do Plano COHEN, já que aqui se trata de um sindicato de professores e não do Estado brasileiro, porém os artifícios são muitos similares.

A diferença fundamental no caso do SINDEDUCAÇÃO é que o Plano COHEN do grupo da professora Lindalva Batista se deu depois que os grupos de Oposição, organizados na CHAPA 1, UNIDADE PARA MUDAR, ganhou a eleição para direção do sindicato ocorrida no dia 14 de setembro, enquanto o de Getúlio Vargas e do capitão Olímpio Mourão foi articulado antes das eleições marcadas para acontecer em 1938. Porém, o objetivo é parecido, prorrogar mandatos que chegavam ao fim.

Após a derrota nas urnas para a CHAPA 1, o grupo de Lindalva Batista pôs em prática a mesma sujeira política e criminalizadora que Vargas e Mourão utilizaram contra os comunistas no final da década de 1930. A questão é que o capitão Mourão do SINDEDUCAÇÃO não é homem, mas uma mulher, a professora e acadêmica do curso de Direito, Mônica Serrão, indicada pela professora Lindalva Batista para ser a presidenta da Comissão Eleitoral. Tal como o capitão Mourão, essa senhora fraudou a ata da eleição, acrescentando mais duas laudas com argumentos pra lá de aterrorizantes sobre o comportamento e as supostas intenções dos membros da CHAPA 1 e de militantes do PSTU, partido acusado de ter abusado do poder econômico e político (sic!) na referida eleição.

O objetivo dessas calúnias descabidas era provocar pânico entre os professores para que a categoria fosse convencida de que Lindalva Batista, e somente ela, fosse apresentada como a única “professora” com qualidades políticas capaz de presidir o SINDEDUCAÇÃO com poderes absolutos e vitalícios.

Nessas falsificações os membros da CHAPA 1 e os militantes do PSTU aparecem como responsáveis por distúrbios na porta e no interior da sede do SINDEDUCAÇÃO impedindo mais de 2 mil professores de ter acesso as urnas de votação. Tudo isso, apesar das imagens coletadas pela própria biônica do SINDEDUCAÇÃO mostrarem justamente o oposto, ou seja, que quem de fato abusou do poder econômico e político foi a Chapa 3, apoiada por Lindalva Batista, pela prefeitura do PSDB, pelo PC do B e pelo Vereador Astro de Ogum do PMN.

Apenas duas pessoas se prestaram a depor junto a Comissão Eleitoral para garantir o sucesso do Plano COHEN de Lindalva Batista: uma professora aposentada com um depoimento claramente arrumado, mas completamente confuso que não sabe dizer se votou ou não. Enquanto o outro testemunho é nada mais nada menos que Anacleto Araújo, Jornalista e “funcionário” de Lindalva Batista, que além de prestar falso testemunho afirma que só com muita dificuldade teria conseguido votar. Ora, como isso foi possível se esse senhor é jornalista e não professor?
Por Hertz Dias-Professor de História, militante da CSP Conlutas do Maranhão e membro da Direção Eleita, Unidade Para Mudar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário